sexta-feira, 25 de maio de 2012

A correria nossa de cada dia

Na última quarta-feira, ao sair da gráfica para entregar um material de um freelance, parece que deixei meia Luana lá e voltei à Terra. Dei-me conta de que uma semana tinha passado e eu não tinha vivido, praticamente. Era só trabalho, trabalho e trabalho. Tinha duas semanas para entregar um jornalzinho pronto. Uma folha em branco tinha que se transformar em um jornal em pouco tempo. Eu tinha que fazer tudo, dos textos à criação. Menos as fotos, que receberia, mas mesmo assim tinha que tratá-las. O tempo corria e eu, para não ficar mais atucanada, nem o via passar... Baixava a cabeça e ia, até a madrugada.

Por muitas vezes desejei fazer freelances. Pelo dinheiro, pela experiência. Mas dá trabalho... e será que compensa?

Estes dias li uma notícia da Igreja Universal que tinha criado em algumas cidades brasileiras o "Drive-Thru da Oração". Uma iniciativa para fazer com que as pessoas, por não terem tempo ou costume de frequentar a Igreja, recebam uma palavra espiritual, uma benção ou fizessem uma oração em poucos segundos, sem ter que sair do carro. Isso mesmo, as barraquinhas da Igreja ficam próximas a rodovias movimentadas de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. Os adeptos só precisam fazer um pequeno desvio, saindo da avenida e encostando o carro na barraquinha, onde serão atendidos pelos missionários. Depois, é só seguir seu caminho.

Eu não sou contra iniciativas que sejam para levar a palavra de Deus adiante, como Jesus mesmo ordenou aos seus discípulos. Mas aí, uma pessoa parar o carro, receber uma palavra espiritual e seguir adiante... Será que ela absorveu o que lhe foi dito? Será que ela realmente se preparou para recebê-la? Será que o tempo dispensado ao Senhor, provedor de tudo o que eu tenho, foi suficiente?

Há muitas pessoas que dizem não frequentar a Igreja porque não precisam ir até a Casa do Senhor para rezar. Ao mesmo tempo, o Senhor diz que devemos ir à Sua casa. O corpo e o sangue de Cristo, que é o nosso alimento espiritual, junto da palavra de Deus, são concedidos lá. O espírito precisa ser alimentando assim como o nosso corpo precisa de água e comida.


Por mais que nossa vida seja agitada e estamos sempre contra o relógio, buscamos nos alimentar, tomar banho, nos vestir, dormir... tudo o que o corpo precisa. Por que muitas vezes não

temos o mesmo cuidado com o nosso espírito? Por que não reservamos um tempo para agradecer a quem nos criou e de quem provém todo o bem?

Alguém poderia dizer: "Ah, mas se eu não comer, vou morrer. Se não for à Igreja ou tomar a Santa Ceia, não vou morrer". Esta é uma constatação verídica. Assim como a morte, que é a única certeza da vida. E depois da morte? Assim como se eu não alimentar meu corpo, ele poderá fraquejar e falecer, se eu não cuidar meu espírito, o que será dele depois da morte?

Fazer freelance é bom. Pelo dinheiro, pela experiência. Mas não quero mais ter a sensação de não viver. Meu corpo já está alimentado. Minha cabeça, depois de uma semana sem dormir direito, já está descansada. E espero poder alimentar meu espírito neste sábado.

Uma abençoada semana a todos!

Luana Lemke Guterres

domingo, 6 de maio de 2012

M Ã E ...

“Ser mãe é padecer no paraíso.” “Ser mãe é uma bênção.” “Ter um filho muda completamente a sua vida.” “A mulher só é completa quando se torna mãe.” Essas são algumas das frases que todas – mães ou não – já ouviram pelo menos uma vez. E há muitas outras corriqueiras – que eu, talvez por não ser mãe, não me recorde agora. Mas eu não quero me ater nos tradicionais discursos de Dia das Mães. Gostaria de dar outro enfoque a este ser, até porque “todos os dias é dia das mães” – isso também é meio batido.

No mundo atual, o papel da família está desfigurado. As notícias diárias de filhos matando pais, pais espancando filhos, adolescentes violentos sendo incentivados pelos pais, pais acorrentando filhos drogados, entre outros casos, são exemplos claros da desestruturação da base material de qualquer ser humano. Isso porque, talvez, a base espiritual também precise ser fortalecida.

A cada ano que passa o número de cristãos praticantes tem diminuído. Os motivos são muitos: trabalho, correria, estresse... Mas todos levam ao mesmo fim: as famílias estão afastadas de Deus. Neste mundo moderno e tecnológico, os valores e as necessidades humanas se transformaram. Até o dia, que continua tendo 24 horas, parece que encolheu. E a frase que mais ouvimos ao pedir algo a alguém é: “Não tenho tempo” ou “Tenho que consultar minha agenda”. Imagine se Deus fizesse isso conosco.

“Eduque a criança no caminho em que deve andar e até o fim da vida não se desviará dele.” (Pv 22.6)  Essa passagem bíblica nos mostra a importância dos pais na formação cristã do filho. Sabemos que a identidade e o caráter de um ser humano vêm de berço. São os pais, com suas atitudes, valores e demonstração de amor, que vão influenciar na construção da personalidade dos herdeiros. São os alicerces da família.

É por isso que acredito que ser mãe é uma dádiva. Unanimemente. A diferença está na forma como cada mulher recebe – e aproveita – esse dom. A mulher, por si só, já é um ser sensível, amável, delicado, caprichoso. Quando se torna mãe, então, isso se multiplica. É como se o cordão umbilical, mesmo cortado na hora do parto, continuasse ali. E com o filho também acontece algo semelhante. Se parar para analisar, os filhos sempre têm mais afinidade com as mães. É a elas que eles recorrem quando se sentem em apuros ou até mesmo para necessidades básicas como uma roupa limpa, um almoço, um colo...

Mãe é mãe, em todas as classes, idades, raças, nações e religiões. Que Deus abençoe a todas e que as ajude a perseverar em Cristo, educando seus filhos no caminho que os levará à vida eterna.

 Um Feliz Dia das Mães e uma abençoada semana a todos!

 Luana Lemke Guterres